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Centrais sindicais alertam para volta do neoliberalismo

Centrais sindicais alertam para volta do neoliberalismo

Centrais sindicais alertam para volta do neoliberalismoMilitantes da CUT, Força Sindical, UGT e CNPL reuniram-se no dia 7/10, em frente à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), em São Paulo, para ato em alusão à Jornada Mundial pelo Trabalho Decente. As mobilizações convocadas pela Confederação Sindical Internacional (CSI) ocorreram em mais de 150 países. O tema central deste ano foi "Justiça para os trabalhadores e trabalhadoras, Justiça climática" e remonta a luta por um modelo de desenvolvimento sustentável, com manutenção e ampliação de direitos, geração de emprego e renda. Durante o ato, o presidente da CSI, João Antonio Felício, alertou para a onda de conservadorismo que tem varrido, principalmente, a Europa, com políticas recessivas e ajuste fiscal e que resultaram num massivo desemprego, arrocho salarial, retirada de direitos e da proteção social.

"No Brasil, felizmente, conseguimos impedir esse movimento, mas hoje convivemos com a ameaça da volta das políticas neoliberais e o iminente risco de que possa se espalhar pela América Latina como vem ocorrendo na Europa", ressaltou Felício. Os ataques à classe trabalhadora vão além e atingem até organismos internacionais, como a OIT (Organização Internacional do Trabalho) – espaço tripartite em que os trabalhadores possuem direito de defender suas propostas e votar. "Há uma clara ofensiva por parte dos empresários com o propósito de retirar o poder normativo da entidade. A CSI não vai permitir esse retrocesso", disse.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrou que a sociedade capitalista age de acordo com os interesses do mercado, do dinheiro e do patrimônio individual, explora os trabalhadores, concentra renda e condena milhões à fome e à miséria. "Portanto, essa guinada à direita pode resultar em maiores retrocessos à classe trabalhadora", advertiu. No Brasil, destacou Vagner, a atual eleição do Congresso Nacional com aumento significativo de cadeiras ocupadas por militares, ruralistas e outros segmentos identificados com o conservadorismo reforça a luta pela reforma política e contra o financiamento de campanha privado e empresarial. Vagner enalteceu a unidade das centrais sindicais na Jornada Mundial pelo Trabalho Decente e defendeu novas ações que visem à construção de uma sociedade solidária, socialista e que valorize o trabalhador.

O ato contou com a participação de diversos dirigentes da CUT Nacional e da CUT-SP. Ao final, o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, recebeu dos líderes das centrais um documento que reúne uma série de reivindicações (foto à esq.), como o combate ao trabalho escravo e infantil, contra a terceirização que precariza, contra o fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, entre outros temas.

Fonte: CUT

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