Ex-presidente do COFEN e esposa são presos em Aracaju-SE

Ex-presidente do COFEN e esposa são presos em Aracaju-SE

conselho-federal-enfermagemO ex-presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Gilberto Linhares, e a mulher dele, Hortência Linhares, foram presos nesta segunda-feira (22), em Aracaju-SE. A informação da Polícia Federal em Sergipe é que as prisões foram em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, do Rio de Janeiro. Segundo o advogado de defesa dos dois, Emanuel Cacho, Gilberto Linhares tinha sido condenado em janeiro deste ano a 22 anos de prisão em regime fechado pelo crime de fraude à licitação. Hortência Linhares foi condenada a cerca de dois anos pelo mesmo crime, porém, em regime semiaberto. Ainda de acordo com o advogado de defesa, os dois tinham ciência da condenação e aguardavam para se apresentar, inclusive, tinham feito petição de apresentação.

   Gilberto e Hortência Linhares foram presos pela primeira vez em 2005 numa operação que combateu fraudes no Conselho Federal de Enfermagem. As acusações contra o grupo na época foram de peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A chamada operação Predador foi deflagrada depois de investigações realizadas a partir de um inquérito de 1998, da Delegacia Fazendária. De acordo com as investigações, a diretoria desviava dinheiro com notas frias.

   O desvio de dinheiro era feito com licitações superfaturadas, afirma a PF. O mesmo grupo de empresas ganhava sempre as licitações. Em 1997, a diretoria do conselho chegou a comprar cartuchos de impressora por R$ 400. Uma agência de viagens no Rio vendeu R$ 6 milhões em passagens aéreas para o Cofen em cinco anos. A PF descobriu também compras incompatíveis com a finalidade de um conselho federal, como um colar de ouro avaliado em R$ 60 mil e contas de restaurantes no valor de R$ 8 mil. Desde 1990, o mesmo grupo acusado se alternava na presidência do Conselho. Em 1997, Maria Lucia Tavares assumiu a presidência. Ela fez denúncias à PF, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União.

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