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Para barrar a reforma da previdência, pressione os deputados

PARA BARRAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, PRESSIONE OS DEPUTADOS

Representantes das centrais sindicais retomaram a discussão sobre as ações para barrar a proposta do governo de "reforma" da Previdência Social, que deverá ser retomada em fevereiro. As entidades devem participar de ato público, em Brasília, no dia 1º do mês que vem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 e pela valorização da magistratura, convocada por entidades do Judiciário. No dia seguinte, sindicalistas irão se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado, além de líderes partidários.

   O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo ainda precisa angariar de 70 a 80 votos para conseguir aprovar a proposta de reforma no plenário da Casa. A votação do pacote de mudanças nas regras para a aposentadoria está marcada para o dia 19 de fevereiro e é necessário o apoio de pelo menos 308 deputados para o projeto avançar. Maia alertou sobre dificuldades que o ano eleitoral pode trazer aos planos do governo para a reforma da Previdência. "É preciso mais 80 deputados parar ter o conforto de ir plenário. E em ano eleitoral, se não houver clareza de que há uma base sólida para votar, muitos acabam nem comparecendo", disse o deputado.

   Por isso, as centrais sindicais pretendem organizar uma campanha de mobilização, além de denunciar a campanha publicitária oficial. "É vergonhosa a forma como o governo tenta manipular a população em torno da viabilidade dessa reforma", afirmam. Segundo o presidente da CTB, Adilson Araújo, resistir a todo custo deve ser o tom das lutas em 2018. Resistir e intensificar a pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional neste início de 2018 é fundamental. "Essa reforma abre caminho para a privatização do s istema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos interesses do sistema financeiro", afirmou o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea.  No final do ano, as centrais se declararam em "estado de greve permanente" contra as mudanças na Previdência.

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