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Reforma política se dará com pressão nas redes e nas ruas

Reforma política se dará com pressão nas redes e nas ruas

Movimentos Sociais se reuniram na terça-feira, 4/11, em São Paulo, para avaliar a conjuntura política após o processo eleitoral acirrado no Brasil. Diferentes organizações nacionais de luta reconheceram a atuação damilitância feita nas ruas do país e nas redes sociais no último período e estabeleceram o plebiscito pela reforma política e a regulação da mídia como bandeiras centrais para o avanço de pautas progressistas. Também houve consenso para convocar um Fórum Amplo de movimentos sociais no início do ano, em data a confirmar.

Segundo o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, a unidade dos movimentos na atual conjuntura política após as eleições é fundamental. "Precisamos manter bandeiras unitárias de lutas, pois a direita continua com a mesma prática, querendo pautar a política com capas de revistas, ofensas aos nordestinos e pedido de impeachment a quem ainda não tomou posse", afirma.

Para Freitas, a conquista de avanços está condicionada à percepção de que é a população em manifestações de rua que fará a pressão no Congresso eleito e a disputa com a direita. "Foi eleito um Congresso conservador que logo depois das eleições já mostra a que veio. A primeira medida foi criar um projeto para derrubar uma proposta política que permite a participação popular. A militância precisa continuar nas ruas", destaca, se referindo à derrubada do Decreto 8.243, que garantia o Plano Nacional de Participação Social e o Sistema Nacional de Participação Social.

A agenda que ganhou as eleições, explica o presidente da CUT, foi a que fala da reforma política, da reforma tributária, fortalecimento dos blocos latinos americanos, da regulação da mídia e da continuidade de políticas públicas como moradia, educação, saúde, segurança e transporte. "Nosso papel é empurrar o governo ainda mais à esquerda. O governo foi eleito para avançar nessas pautas.", salienta.

Segundo balanço feito pela secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, as pautas consensuais dos movimentos sociais presentes na reunião foram: Reforma Política; Democratização da Comunicação; Plano Nacional de Participação Social; fortalecimento da Democracia e aprofundamento de conquistas sociais. "Chamaremos uma grande plenária, na qual reuniremos todos os movimentos sociais e sindicais que quiserem participar desse momento de luta em nossa sociedade", destacou a dirigente, que também é coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Fonte: CUT

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